sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

TARDE TALENTOSA: PPGTUR-UCS PARTICIPA EM PROJETO DE EXTENSÃO

Foi realizada no último sábado, dia 30 de novembro, no Residencial Campos da Serra II, a atividade Tarde Talentosa, resultado de parceria entre os moradores, a Universidade de Caxias do Sul e a Prefeitura Municipal. A atividade fez parte do projeto de extensão universitária Tenda: Como Viver Junto?, que se vincula à pesquisa Artesanato e Turismo: saberes e trocas simbólicas, coordenado pela professora Dra. Luciene Jung de Campos e que conta com a participação de três bolsistas de iniciação científica, graduandos dos cursos de Psicologia e História, e de mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Turismo, da Universidade de Caxias do Sul.

A professora Luciene Jung de Campos, juntamente com os mestrandos Paula Carina Silva e Ernani Viana e os bolsistas de iniciação científica Ismael Pereira e Raquel Alquatti, participam do projeto. 

O projeto Tenda: Como Viver Junto? tem como objetivo identificar a ocupação e a tomada de posição do sujeito no discurso enquanto (m)orador do Residencial Campos da Serra II. É oferecido um espaço de simbolização da experiência de convivência para o compartilhamento de diferentes saberes e práticas do cotidiano. Busca-se compreender o processo de construção do coletivo a partir da observação do funcionamento da Tenda: Como Viver Junto?
Segundo a Prof. Luciene: “O projeto parte do pressuposto que o viver-junto vai além das barreiras físicas. As paredes, corredores, escadas, portas e janelas pouco delimitam um território e pouco garantem privacidade. Podemos ouvir, sentir, ver o outro, assim como somos percebidos por aqueles que habitam o espaço comum. O residencial compõe um novo tecido urbano com um vernáculo próprio. Mais que um conjunto de sotaques e expressões, é um idioma que pode ser falado e aprendido. Este tecido urbano merece ser entendido como um grupo que possui costumes, comportamentos, discursos e formas de expressão, característicos. O contato com a sua linguagem permite o surgimento de um espaço onde um novo discurso pode se apresentar. Já que falamos a mesma língua, não precisamos impor a tentação acadêmica de falar por eles. Que falem sobre si mesmos, sobre sua posição, seu espaço e seu lugar”.
Ainda segundo a Professora: “Foram realizados dez encontros, quando tivemos uma participação significativa das crianças. Observamos que as crianças se conheciam, chamavam-se pelo nome e ocupavam intensamente a área comum do residencial. Estão sendo produzidos crescente e coletivamente trabalhos de desenho, colagem e escultura cujo tema perpassa a experiência afetiva compartilhada. Esta atividade estendeu-se na Tarde Talentosa. Os desenhos foram dispostos na forma poética de um grande móbile circular e labiríntico – uma escultura que pôde ser vestida/experimentada/vivida como uma roupa-lugar-recinto-casa. Além do móbile, instaurou-se um espaço-tenda: classes e cadeiras foram arranjadas pelas crianças em uma superfície/suporte onde novas obras foram produzidas em uma região que não se pode querer organizar nem midiatizar. Trata-se de um espaço de circulação de gestos, cores e traços na tentativa de ressignificar o cotidiano”.

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