Após o retorno da turma X da viagem de estudos à Minas Gerais, trazemos o relato escrito pela aluna Alessandra Nora sobre o périplo dos alunos em mais uma missão de estudos proporcionada pela disciplina Turismo e Desenvolvimento Regional.
Primeiro dia
De Caxias do Sul à Belo Horizonte, com escala em Porto Alegre
Saímos de Caxias as 2h de quarta e chegamos no Aeroporto as 4h15. Ficamos visivelmente aflitos ao identificarmos o avião da Trip na pista turbo hélice, daquele que parece uma cruza de um hidroavião com um Hercules da segunda guerra mundial. Durante a espera na sala de embarque ficamos imaginando as peripécias do vôo. Suspiramos aliviados ao embarcarmos num avião com turbina que chegou poucos minutos antes.
Manhã de Estudos de Reuniões
Chegamos Em BH as 8h15. Fomos direto ate a UFMG (Universidade de Minas Gerais), onde fomos recebidos pelos coordenadores do curso de Turismo, Secretaria Estadual de Turismo e a representante do Convention Bureau, entidade destaque no país pela sua atuação na promoção dos destinos de Belo Horizonte e posicionamento de marca, tudo regado, é claro, a um pão de queijo quentinho. Ficamos até as 13h30 trocando muitas idéias sobre o turismo em MG, destinos indutores, planos pedagógicos de ensino com foco no território.
Pausa para almoço
Da UFMG fomos almoçar num buffet com comidas típicas chamado hehehe "Farroupilha"... Passamos o resto da tarde no mercado público onde pudemos fazer algumas comprinhas, provar o Guaraná Jesus e o Abacatinho, um refrigerante peculiar. Mas a melhor prova foi o chopp da cervejaria Backer, no mesmo mercado, um lugar pequeno, diferente, que não se parecia com o resto do lugar, mas de sabor inigualável. No quiosque de informações do Mercado pegamos um guia local de Belo Horizonte.
Afinal, Turismo.... Do passeio à logística
No final da tarde fomos para a Lagoa da Pampulha, Igreja de São Francisco de Assis que foi projetada por Niemeyer com azulejos de Portinari. Só então seguimos para o Hostel Sorriso do Lagarto, que parecia mais um jacaré.
Chegamos lá nossa reserva não havia sido feita por falha deles, por isso nos deram um upgrade e levaram todos nós (ao todo éramos 16) e nos colocaram sozinhos numa casa para 50 pessoas.... hehe que ruim... tínhamos até uma lage para bate-papo.
Os quarto possuíam na média 3 "triliches", parecia um puleiro. Mas para quem ia para um albergue, nada incomum.
Legal foi podermos ter a privacidade da casa só para nós. O melhor eram as regras de uso da casa expostas na parede: tinhamos de retornar até as 23h, meninos e meninas deviam dormir em quartos separados (o que para nós não era problema, mas imagine uma turma de ensino médio lendo isso! rsrs), não era permito o uso de babydoll nem andar enrolado em toalhas, hehehe muito bom!
A noite fomos jantar na Devassa uma cervejaria próximo ao hostel. Excelente comida! Por volta da meia-noite, os mais cansados retornaram , afinal tínhamos dormido somente 2h na noite anterior. Mas os solteiros, é claro, tomaram fôlego e saíram atrás de uma balada, sem sucesso.
É bom lembrar que os taxistas adoram dar uma voltinha a mais se perceberem que você não sabe onde fica o endereço onde quer chegar, todos pudemos perceber isso.
Pronto, agora, cada um pro seu quadrado e descansar para amanhã.
Segundo dia
De Belo Horizonte a Ouro Preto
Saímos para Ouro Preto logo cedo deixando para trás as confusões de BH.
Ao chegarmos lá, já estava estampado, no sorriso da turma, a satisfação pelo encontro a uma cidade tão bela. Caminhamos um pouco pelo centro histórico e almoçamos por ali mesmo, uma comida típica mineira, claro.
Visita ao Museu
No início da tarde fomos visitar o Museu da Inconfidência Mineira, acompanhados por guia estagiário da UFOP do curso de Turismo, onde pudemos apreciar as verdades e inverdades que acercam a história de Tiradentes.
Enfim, um pouco mais de estudo e reuniões
Logo em seguida à visita ao Museu partimos para nosso encontro com um professor da UFOP onde debatemos muito a questão do turismo e desenvolvimento regional, principalmente em Minas Geiarais com toda a exploração mineral das empresas e seu acervo cultural inigualável.
Nem só de pão vive o homem....
A noite jantamos no Escada a Baixo (!), sim um pub muito legal que você só descobre mesmo se for escada abaixo, pois da rua, você não percebe o lugar que ele realmente é.
Mais uma vez a turma se dividiu entre seus interesses de comida, bebida e balada, mas o mais legal é o respeito entre os colegas de suas individualidades.
Terceiro dia
Mais um pouco de deslocamento....
Agora o Volare voou até Congonhas, cidade onde está a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, patrimônio Mundial da Unesco, onde dentre outras expressões de arte, encontram-se 12 profetas de pedra sabão esculpidas pelo famoso Aleijadinho.
Em seguida rumamos para Tiradentes e, mais uma vez: boquiabertos. Um dos palcos da Inconfidência Mineira, Tiradentes conseguiu vencer a modernidade não só nas suas construções centenárias de casas e igrejas, bem como no seu calçamento das ruas que dá um tom muito colonial à cidade. Linda. Linda.
Almoçamos mais uma vez num restaurante típico, aliás é só o que tem, e as comidas se repetem normalmente: Angu (Polenta), Feijão, etc.
Afinal, viemos à Estudo...
Outra coisa que também se repete por aqui é o grande interesse de poucos em tentar fazer muito. Estivemos a tarde conversando com o Secretário de Turismo e uma representante do Sesi que foi pesquisadora da FGV pelos Destinos Indutores e ficou claro para nós quanto trabalho esse pessoal tem pela frente. Excelente experiência para avaliarmos planejamento turístico.
Quarto dia
Domingo não tivemos nenhum encontro oficial e o dedicamos ao que a gente mais estuda: TURISMO.
Cedo fomos a Mariana, uma pequena cidade perto de Ouro Preto onde pudemos conhecer uma mina de verdade. Descemos com um troller a 120m abaixo da terra e caminhamos por uma antiga área de mineração e aprofundar um pouco mais sobre esse atrativo e época marcante do auge deste estado.
Depois circulamos um pouco pela cidade, rica em igrejas, e voltamos para Ouro Preto.
Nesta cidade pudemos desfrutar do artesanato local e da feirinha de pedra sabão, uma pedra típica da região que, por sua pouca rigidez, o que permite que os artesãos esbanjem sua criatividade esculpindo os mais diversos adornos.
O retorno a Porto Alegre
Saímos às 14h de lá em direção a Belo Horizonte com direito a uma breve parada em Sabará, onde ficamos por alguns instantes na praça central em meio a um evento comunitário.
Nosso vôo saiu às 22h de BH e chegamos em Caxias por volta das 13h30min.
Foi uma viagem de ampliação de amizades e conhecimento. Foram dias de descobertas, descanso e aprendizado.
O que ficou foi a promessa de repetirmos essa excelente viagem ano que vem em Machu Pichtu.
Valeu !
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