“No contexto atual
onde o real, o tecnológico e o virtual se entrelaçam, o humano deve ter a
supremacia. O cuidado com o humano não pode ser secundarizado, sob pena de
fazermos uma inversão de valores. Ciência e convivência não se opõem, salvo nas
mentes que dicotomizam vida e educação. E a educação é, em última análise, o
processo de humanização”. Com essas palavras, o reitor Evaldo Antonio Kuiava,
justifica em seu artigo na Revista UCS (edição março/abril), intitulado “O
desafio da convivência no ambiente universitário”, a filosofia implícita no encontro da Reitoria com os professores da
Instituição, no início das atividades letivas de 2015, quando foram reunidos cerca
de 750 docentes.
Na oportunidade, após a palestra do
Reitor, o palco foi ocupado pela professora Márcia Cappellano, para uma fala
intitulada “Conversando sobre Hospitalidade e Convivência”. O
Reitor Kuiava explica a escolha da coordenadora do PPGTURH para a fala
inaugural escrevendo que: “Quanto ao fato de ter sido a professora Márcia,
deve-se à expertise dela e do grupo de estudos do Programa de Hospitalidade,
que agora tem, além de um mestrado, um doutorado na área. Isso torna robusta
nossa reflexão sobre o humano e amplia as nossas áreas de investigação. Ou
seja, temos elementos internos, aportes teóricos, que nos ajudam a pensar nossa
tarefa e nossas relações neste vasto universo da formação superior,
investigação e aplicação da ciência”.
“O tema abordado pela professora não
foi escolhido ao acaso, nem mesmo foi acaso a escolha da professora Márcia para
falar no encontro. Não. Tenho refletido muito sobre o papel da Universidade e,
nos encontros que venho realizando com professores, funcionários e gestores,
tenho provocando a todos para pensarem comigo. Em meio às muitas ideias que
traduzem modelos que transitam entre o antigo, o moderno e o pós-moderno; entre
ideias que indicam que devemos estar alinhados ao mercado e ideias que
salientam a necessidade de estarmos à sua frente, sem a subserviência ou até a
ditadura do pragmatismo mercadológico; em meio a tudo isso, uma coisa é certa e
clara: a Universidade deve ser o local da promoção da convivência das pessoas e
das ideias. Explico-me: as relações de ensino e aprendizagem são, na verdade,
momentos de convivência. Aprendemos na relação com os outros. Ou ainda, não
aprendemos se não formos atravessados pela significação que o outro me ajuda a
apreender”.
Disponível em
http://www.ucs.br/site/revista-ucs/revista-ucs-16a-edicao/artigo-o-desafia-da-convivencia-no-ambiente-universitario/