Com a temática “Encuentros, relatos e diálogos
desde los sures”, o IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE ANTROPOLOGIA,
realizado em Granada, Espanha, de 4 a 7 de setembro, contou com a participação da
professora Maria Luiza Cardinale Baptista, em dois painéis.
No painel Turismo y Paisage, a professora apresentou
proposições em termos epistemológicos e metodológicos, em trabalho intitulo “Matrizes
Rizomáticas e a Viagem Investigativa: confluências e direcionamentos da
estratégia metodológica”, no dia 4. O artigo traz a proposição de matrizes
rizomáticas associadas à estratégia metodológica Cartografia de Saberes, como
viés para a construção de confluências e alinhamentos da produção e escrita da
Viagem Investigativa em Turismo. Essa estratégia metodológica é proposta a
partir de quatro grandes trilhas, simultâneas e entrelaçadas: trilha de saberes
pessoais, trilha de saberes teóricos, trilha usina de produção (com
aproximações e ações investigativas) e trilha dimensão intuitiva da pesquisa.
Remete, ainda, a dimensões autopoieticas e inscriacionais nos procedimentos
operacionais, o que convida à dimensão de reinvenção metodológica, em coerência
com o caráter complexo, plural, mutante ecossistêmico, das viagens
investigativas empreendidas.
Atendendo convite da professora Durá Lizán Mercedes,
da Universidade Miguel Hernández de Elche, a professora do PPGTURH participou, no
dia 6, também do
painel intitulado Antropología de la Comunicación: Producción de Significados y
Sentidos, com o trabalho intitulado “Comunicação-trama: entrelaços caosmóticos
ecossistêmicos no florescimento de uma ciência amorosa e autopoiética”. O
artigo apresenta uma reflexão sobre as bases epistemológico-teóricas, de
pesquisas que vem sendo realizadas em dois ecossistemas científicos distintos,
no Brasil: a região Amazônica, no Norte, e a Serra Gaúcha, no Sul. Tem como fio
condutor o conceito de ‘trama’, resultante de pesquisa em nível de doutorado,
na Universidade de São Paulo, Brasil, e a percepção de complexos
entrelaçamentos caosmóticos ecossistêmicos, que transversalizam a produção das
pesquisas, em nível de pós-graduação, desde a perspectiva teórica
transdisciplinar, o cenário de mutação da Ciência Contemporânea e o ecossistema
científico das duas regiões tão diferentes, em que as pesquisas se desenvolvem.
(Maria Luiza Cardinale Baptista, Reg. Mtb 6199)
Resumos dos
trabalhos apresentado:
Comunicação-trama: entrelaços caosmóticos ecossistêmicos no
florescimento de uma ciência amorosa e autopoiética - O artigo
apresenta uma reflexão sobre as bases epistemológico-teóricas, de pesquisas que
vem sendo realizadas em dois ecossistemas científicos distintos, no Brasil: a
região Amazônica, no Norte, e a Serra Gaúcha, no Sul. Tem como fio condutor o
conceito de ‘trama’, resultante de pesquisa em nível de doutorado, na
Universidade de São Paulo, Brasil, e a percepção de complexos entrelaçamentos
caosmóticos ecossistêmicos, que transversalizam a produção das pesquisas, em
nível de pós-graduação, desde a perspectiva teórica transdisciplinar, o cenário
de mutação da Ciência Contemporânea e o ecossistema científico das duas regiões
tão diferentes, em que as pesquisas se desenvolvem. A abordagem
transdisciplinar tem várias ‘trilhas’ teóricas, como a Epistemologia do
Conhecimento e a visão ecossistêmica da mutação da ciência; a Nova Teoria da
Comunicação, a Esquizoanálise, que possibilita refletir sobre a complexidade
dos engendramentos maquínicos dos Equipamentos Coletivos de Produção de
Subjetividade Comunicação, bem como os fluxos corporais e incorporais,
intervenientes nos processos caosmóticos engendrados na produção da
comunicação; a Biologia Amorosa e do Conhecimento, com a proposição de uma
perspectiva ética e autopoiética. Essas bases teórico-epistemológicas,
inclusive, orientam a criação de estratégia metodológica, que vem sendo
denominada como Cartografia dos Saberes, que constitui o que vem se chamando de
Viagem Investigativa, na produção da Ciência que se reconhece ‘em movimento, em
transmutação constante’. Os resultados das diversas pesquisas demonstram
possibilidade de contribuição para o campo teórico da Antropologia da
Comunicação.
Matrizes
Rizomáticas e a Viagem Investigativa: confluências e direcionamentos da
estratégia metodológica - O presente artigo traz a
proposição de matrizes rizomáticas associadas à estratégia metodológica
Cartografia de Saberes, como viés para a construção de confluências e
alinhamentos da produção e escrita da Viagem Investigativa em Turismo. A
palavra matriz, neste texto, significa o ‘lugar gerador’, o que é uma das
possibilidades enunciativas do termo, que segue a lógica do rizoma, termo
utilizado na Esquizoanálise, por Gilles Deleuze e Félix Guattari (1995). Os
autores explicam diferenças entre os diagramas que têm a árvore como modelo e
os rizomáticos que “podem derivar infinitamente, estabelecer conexões
transversais, sem que se possa centrá-los ou cercá-los”. (Guattari; Rolnik,
1986, p.322). A proposição decorre de estudos desenvolvidos ao longo de 30
anos, em seis universidades brasileiras, com ênfase atual, para os estudos
recentes na Universidade de Caxias do Sul (UCS), no Sul do Brasil, no Programa
de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade e Cursos de Comunicação Social, e
na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em vários programas de
pós-graduação, na região norte. O texto apresenta as matrizes rizomáticas associadas
à Cartografia dos Saberes. Essa estratégia metodológica é proposta a partir de
quatro grandes trilhas, simultâneas, entrelaçadas: trilha de saberes pessoais,
trilha de saberes teóricos, trilha usina de produção (com aproximações e ações
investigativas) e trilha dimensão intuitiva da pesquisa. Remete, ainda, a
dimensões autopoieticas e inscriacionais nos procedimentos operacionais, o que
convida à dimensão de reinvenção metodológica, em coerência com o caráter
complexo, plural, mutante ecossistêmico, das viagens investigativas
empreendidas.
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